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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ocupado X Produtivo: Aprendendo a gerir o tempo


"Mesmo apagar incêndios pode ser feito sem desespero". Essa frase é a legenda da imagem acima e foi retirada do site de empreendedorismo Saia do Lugar em uma matéria sobre as diferenças entre as pessoas ocupadas e as pessoas produtivas. Os autores acertaram na imagem e na frase para descrever estes dois tipos de comportamento.

Ser ocupado ou ser produtivo. Este é o princípio básico de quem quer aprender a gerir melhor o tempo. Digo isso por experiência própria, porque eu já disse a mim mesmo várias vezes a famosa frase: "não tenho tempo para nada". O que é uma grande mentira que dizemos a nós mesmos para justificar que somos ocupados para fazer outra coisa. Calma, não estou dizendo que é possível fazer tudo em 24h, mas que se analisarmos a forma como ocupamos nosso tempo durante o dia veremos que poderíamos ter administrado estas 24 horas de forma mais eficiente.

Por exemplo, a clássica olhadinha nos emails ou no Facebook de 5 em 5 min. Isto é realmente necessário? Fora o tempo gasto visualizando os emails, você perde sua atenção no que estava fazendo, gastando mais tempo para retomar o rumo da atividade. Eu elencaria como a 1ª regra da gestão do tempo o foco no que propomos a fazer, atividade a atividade. Dessa forma será mais fácil predizer quanto tempo gasta-se com cada atividade e ela será feita bem mais rapidamente. Até para a olhadinha no e-mail devemos estabelecer a hora correta de fazer isto, um ou dois períodos no dia que você se dedique somente para olhar e responder os emails.

Outra dica essencial é o planejamento. Muitos pensam que planejar é uma perda de tempo, mas ele ajuda a ganhar tempo e ter noção do que você consegue fazer em um determinado tempo. Porém, é necessário ser realista nos prazos. O ideal é que faça uma lista de tudo o que precisa fazer e organize em prioridades e tempo de execução, assim fica mais fácil de alocar as atividades no nosso dia a dia.

Se você quer ser uma pessoa produtiva quando executar uma tarefa lembre-se de planejar, ter foco e não se distrair com eventos desnecessários que ocorrem a volta. Caso contrário há o risco de cair na Lei de Parkinson, a qual diz que temos a tendência de ocupar o tempo total designado para uma tarefa realizando-a, independente se este prazo for curto ou mais que suficiente, enquanto que o melhor seria ser produtivo e termina-la o quanto antes.

Se pudesse resumir algumas dicas seriam:

 1º     Tenha foco no que se propôs a fazer e não se distraia com emails e eventos desnecessários a sua volta.

 2ª    Planeje suas atividades priorizando-as e considerando o tempo de execução, inclua também o seu tempo de descanso. Afinal, estar bem para realizar a tarefa fará com que realize-a mais rápido e com melhor qualidade.

3ª    Pense sempre em uma forma de fazer diferente as atividades designadas, nem sempre o método empregado é o mais eficiente e você pode otimiza-lo.

Espero que as dicas tenham sido úteis! Se tiverem mais dicas, mandem comentários!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Impacto Humano: Um oceano de lixo

Este será a primeira de uma série de postagens especiais sobre grandes impactos que o Homem causou no planeta. Lembro a importância do tema para os Engenheiros Químicos, já que uma imensa parte dos impactos advêm de produtos industriais. Para inaugurar está série, o objeto de estudo foram os grandes conglomerados de lixo existentes no oceano, nos quais os resíduos flutuam e se concentram em algumas áreas específicas do oceano.

O lixo, principalmente plástico, advindo do consumo em massa da população mundial viaja pelo planeta e chega aos mares. Estima-se que aproximadamente 10% de toda a produção anual de plásticos chega nos oceanos, a maior parte (80% a 90%) é carregada pelas chuvas e rios de fontes em terra, como aterros sanitários e descarte direto em mananciais e no litoral.

Figura 1 - Impacto causado pelo lixo no oceano

Nos oceanos esse material encontra correntes marítimas que levam grande parte do lixo para alguns pontos específicos do planeta, conhecidos como giros. Nestes pontos uma grande massa de lixo flutua e se concentra devido ao circuito circular das correntes marinhas, como pode-se ver na Figura 2 coincidindo nos pontos de maior acúmulo de material.
Figura 2- Concentração de plástico nos Oceanos
O problema da contaminação das águas marinhas, não está apenas nos objetos plásticos maiores. Alguns materiais expostos as intempéries, podem ser degradados em pedaços muito pequenos de polímero, porém sem degradar sua molécula básica. Isto forma uma verdadeira "sopa" plástica na camada superficial do oceano, local onde o plâncton (microrganismo responsável por 50% da fotossíntese da Terra) absorve parte do material na sua alimentação, e começa a contaminação na cadeia alimentar. Os resíduos ali presentes, podem conter aditivos de plásticos, muitas vezes tóxicos, que são acumulados nos níveis tróficos, chegando até ao prato de comida que nos servimos em casa.

O assunto é bem sério e infelizmente é negligenciado, embora algumas agências ambientais e ONG's tenham tentado minimizar os efeitos altamente nocivos nos ecossistemas afetados. Porém, o rico ecossistema marinho, repleto de vida, torna a simples retirada do material plástico algo ariscado e um imenso desafio devido a presença de vida até níveis microscópicos, como é o caso do plâncton.

Não se sabe ao certo o tamanho e a quantidade de lixo nos oceanos. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) estima que existam cerca de 600 milhões de toneladas de plásticos nos oceanos, sendo que este tipo de resíduo representa cerca de 70% de todos detritos encontrados no mar. Como dito no inicio desta postagem, boa parte do lixo advém da terra, sendo carregado por chuvas e rios. Isto mostra nossa parte da responsabilidade por este problema. O descarte correto de materiais plásticos, assim como a sua reutilização e reciclagem são essenciais para diminuirmos os impactos e as imensas quantidades de resíduos que dispomos no meio ambiente.

Cabe ainda aos engenheiros de materiais e químicos avanços tecnológicos para produção de plásticos biodegradáveis e novas alternativas mais sustentáveis. Outra solução a ser estudada é uma forma de remediar o problema e limpar os oceanos sem agrediar a vida marinha. Acredito que o século XX foi uma época de muito desenvolvimento, mas causou um imenso impacto na Terra. O desafio do século XXI será reparar estes danos e desenvolver tecnologias mais eficientes para preservar o meio ambiente.

Espero que tenham gostado do post, e gostaria de indicar a reportagem da Globo abaixo, falando sobre essas ilhas de lixo que estão presentes nos nossos oceanos.

Até Mais!




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