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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Arte e Ciência: dois lados da mesma moeda

As vezes, uma série de acontecimentos nos levam a pensar sobre o mundo como ele realmente é, esta semana por exemplo, terminei a leitura de uma biografia do Steve Jobs, e dentre muitas outras passagens, uma em particular me fez refletir sobre a interseção da arte e da ciência. Não bastando este tópico do livro, encontrei uma reportagem do G1 mostrando as fotografias de um concurso promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que visava premiar as melhores fotos ciêntificas do Brasil, o que retomou a questão de arte e ciência. 

Mas do que afinal estou falando? Arte e Ciência podem parecer assuntos distantes e desconexos, porém se analisarmos historicamente, no início do pensamento cientifico não existia divisão clara entre ciência, arte e religião. Nos primórdios havia apenas a dúvida do Homem frente aos fenômenos da natureza, permitindo que se explorasse diversas formas de entender e retratar o mundo. Grandes personagens históricos da ciência tinham fortes características científicas e artísticas, como por exemplo Leonardo da Vinci, que entregou a humanidade importantes estudos científicos e íncriveis obras de artes.

O Homem, porém, resolveu segmentar o conhecimento e engessar o pensamento criativo, moldando nosso pensamento de forma particionada em áreas de conhecimento e criando os esteriótipos de pesquisador e de artista, como água e óleo. No entanto, ambas profissões provém da necessidade humana de conhecer a verdadeira realidade do universo e de nossa existência. O que fazia de Leonardo da Vinci um grande cientista, engenheiro e artista era sua capacidade de observar o mundo e conectar informações e experiências de forma criativa,  produzindo grandes ideias e importantes obras de arte.


Conectando e juntando as coisas, buscando a arte na ciência e a ciência na arte, pessoas extremamente criativas conseguiram propor as mais simples e geniais ideias para os grandes problemas. A interdisciplinaridade dos conhecimentos é clara quando analisamos diversos casos de sucesso na ciência e na tecnologia. No caso do Steve Jobs, ele conseguiu juntar design artístico, tecnologia e a necessidade da sociedade de se comunicar, produzir e transmitir conhecimento.Usou a ciência e a tecnologia de forma prática, utilitária e criativa.

Escrevendo este post lembrei de uma palestra que assisti na Unicamp, oferecida pelo famoso químico Peter Atkins. Nessa ocasião, quando um dos ouvintes pediu um conselho para os novos pesquisadores, o químico aconselhou a sempre procurar olhar, sentir e ouvir o mundo admirando-o, se perguntando o porque do mundo ser como é. Observar o mundo não apenas pela ótica de uma determinda área de ciência, mas sim de modo generalista, pensando em conexão de todas as ciências, incluindo inclusive a arte. Nos dias atuais, as vezes nos esquecemos de olhar para o mundo com este olhar generalista, e esquecemos de admirar como o Universo é uma grande obra de arte que junta e unifica tudo.

Um post bem filosófico que espero que tenham gostado! Gostaria de deixar um video muito legal que mostra de forma criativa a conectividade que gera grandes ideias. Até a próxima!


Por Bruno Firmino

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Aprendendo Excel - Solver

Um dos assuntos mais procurados no blog são os tutoriais de Excel. Afinal não é por acaso que este programa é tão usado, ele tem uma série de ferramentas úteis para qualquer profissional, como por exemplo a função ProcV ( VLookUp) e as Tabelas Dinâmicas. Nesta postagem vou falar sobre uma  importante ferramenta do Excel, utilizada para realizar cálculos iterativos, trata-se do Solver.

O Solver não passa de uma ferramenta que realiza um método de cálculo iterativo, afim de resolver alguns problemas matemáticos de difícil resolução analítica. Através de um "chute" inicial o método numérico programado pelo Excel realiza inúmeras iterações té chegar a uma condição que satisfaça o problema com uma certa precisão.

Para começar deve-se habilitar a ferramenta. Na versão 2007 do Excel vá ao botão principal do Office. Após clicar no botão, será expandido um menu. Na parte inferior, clique em Opções do Excel. Abrirá uma caixa de diálogo na qual deve-se selecionar no menu esquerdo a opção de suplementos, conforme a figura. Nas opções de suplementos deve-se clicar em "ir..." na parte inferir. Será aberta outra caixa, na qual deve-se selecionar a ferramenta Solver e clicar em OK.

Imagem do botão
 


Adicionada a ferramenta esta deverá ser acessada através da aba Dados, na qual  um novo ícone escrito Solver deverá aparecer no canto direito.




Basta clicar em cima deste novo ícone e aparecerá a caixa de diálogo, a qual pode ser visualizada abaixo:

Nesta caixa de diálogo encontramos os principais parâmetros que devemos informar ao programa. Deve-se informar primeiro a célula de destino, contendo a equação matemática que deverá ser satisfeita (escrita na forma de fórmula do excel). Selecionando o botão de seleção desejado em "Igual a:", defini-se para que valor a função deve convergir, no caso podemos maximizar ou minimizar a função, ou ainda definir um valor específico para a função. Após informa-se as células que o programa deverá variar, estas devem conter números inicialmente "chutados" e devem estar referênciadas na fórmula contida na célula de destino.

Pode-se ainda entrar com restrições, como por exemplo, definir uma faixa de valores para o programa variar as células variáveis, ou só permitindo valores que satisfação uma certa condição. Para trabalhar com restrições deve-se utilizar os botões "Adicionar", "Alterar" e "Excluir".

No botão opções pode-se definir alguns parâmetros do método empregado, como o tempo máximo e a quantidade de iterações que o programa irá fazer, assim como a precisão e tolerância.

Clicando-se em "Resolver" a ferramenta "chuta diversos valores através de um método numérico de  aproximação até chegar o mais próximo possível do valor desejado para a função. Exibi-se então uma janela que pergunta se o usuário deseja manter a solução do solver ou não. O programa faz isso já que nem sempre as condições passadas são suficientes para o problema convergir com o determinado chute inicial. Se o sistema não convergir deve-se utilizar outro "chute" inicial e repetir o processo.


Neste exemplo podemos ver como o solver pode ser aplicado. As células amarelas devem ser peenchidas inicialmente com uma estimativa inicial e quando postas a variar com o solver convergem a célula vermelha, que contém a fórmula para o valor estipulado, no caso, como zero.

Esta é mais uma útil ferramenta do Excel. Muitas vezes devemos ser inventivos e utilizar alguns recursos como este para auxiliar em nossos trabalhos. Espero que seja útil para vocês! E até outro dia!
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