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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Poupar energia? Para que?

Papos ambientalistas para todos os lados dizem para pouparmos energia. Mas vemos ainda que muitas pessoas e indústrias não perceberam que isso é mais do que uma questão de prejudicar menos o planeta, podendo também ser um fator competitivo crucial para indústria e a economia.

Em uma visita ao Blog de Engenharia Química do Marcelo Melo me deparei com um trecho do livro "O Capitalismo Natural", dos norte-americanos  Paul Hawken, Amory Lovins e L. Hunter Lovins. Os autores defendem uma nova revolução industrial que estaria acontecendo, na qual busca-se nas novas e já existentes tecnologias a capacidade de produzir mais e poluir menos. Segundo eles os negócios e os interesses ambientais se complementam, satisfazendo melhor às necessidades dos clientes, aumentando lucros e, ao mesmo tempo, ajudando a resolver os próprios problemas ambientais.

Segue um trecho do livro, publicado no Blog do Marcelo,  que mostra a força dessa mentalidade ambiental nos lucros e como poupar energia pode ser um grande negócio a longo prazo.

A eficiência energética e a Dow Chemical

“A suposição comum, segundo a qual os retornos diminuem – mais eficiente é sinónimo de mais custoso, as poupanças baratas se exaurirão rapidamente, a eficiência é um recurso em retracção, não em expansão – paralisa a ação. Mas a experiência concreta é um forte antídoto.


Em 1981, a divisão de Luisiana da Dow Chemical, com 2400 empregados, começou a pesquisar novas economias. O engenheiro Ken Nelson organizou um concurso interno de propostas para poupar energia que suscitassem pelo menos 50% de retorno de investimento (RDI) por ano. Os 27 projectos do primeiro ano chegaram a uma média de RDI de 173%. Nelson ficou admirado e imaginou que o resultado positivo tivesse sido acidental. No ano seguinte, porém, 32 projectos atingiram, em média, 340% de RDI. Doze anos e quase 900 projectos depois, os empregados alcançaram (em 575 projectos submetidos avaliação) um RDI de 204%. Nos últimos anos, tanto o retorno quanto a poupança estavam crescendo – nos 3 finais, o prazo médio de retorno caiu de 6 para apenas 4 meses – pois os engenheiros aprendiam mais depressa do que exauriam as oportunidades menos custosas. Em 1993, todo o conjunto de projectos, somados, pagava aos accionistas da Dow 110 milhões de dólares por ano.”


FONTE: O Capitalismo Natural
               Blog do Marcelo Melo
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