Algumas invenções surgem e acham uma utilidade, outras nascem de uma necessidade. No caso do Bafômetro, ou Etilômetro, surgiu através da necessidade da polícia de identificar de forma fácil e não invasiva a presença de álcool em suspeitos. Em 1954, o Dr. Robert Borkenstein, desenvolveu um dispositivo para a polícia de Indiana, EUA, através do qual era possível testar a presença de álcool.[2]
Primeiramente, observou-se que o etanol não se alterava quimicamente na corrente sanguínea, sendo parcialmente evaporado na passagem do sangue pelos alvéolos dos pulmões, dessa forma, o etanol fica presente no ar expirado pelo indivíduo suspeito de embriaguez. [1]
Os bafômetros desenvolvidos, geralmente se baseiam em reações químicas, nas quais utiliza-se o ar expelido da pessoa juntamente com outras substâncias presentes no aparelho. Independentemente do tipo, cada dispositivo tem um bocal, um tubo por onde o suspeito assopra e uma câmera de amostra para onde vai o ar. O resto do dispositivo varia em cada tipo.[2]
Bafômetro com Dicromato de Potássio
Baseia-se na alteração da cor de uma mistura, na qual o íon cromato,de cor vermelho-alaranjada, é transformado em Cr III, de coloração verde ou Cr II, de coloração azulada.
O grau de mudança de cor está diretamente relacionado com o nível de álcool no ar exalado. Através da comparação da cor com uma mistura que não sofreu reação é possível determinar a quantidade de álcool presente na amostra. Esta comparação pode ser feita visualmente ou através de um sistema de fotocélulas que produzem uma certa corrente elétrica, a qual movimenta-se um medidor. [2]
Bafômetro com Célula a Combustível
Este aparelho faz uso da promissora tecnologia de células a combustível, sendo capaz de gerar corrente elétrica através da oxidação do álcool em uma pilha eletro-química. O equipamento é constituído de 2 eletrodos, geralmente de platina, e de um eletrólito poroso entre os eletrodos. À medida que o ar exalado pelo suspeito flui de um lado para outro na célula, o etanol se oxida formando etanal, íons H+ e elétrons, estes por sua vez são conduzidos gerando corrente.
A corrente elétrica é processada e é avaliada a concentração de álcool exalada, assim como a concentração no sangue do indivíduo. A relação entre o álcool presente no ar e no sangue apresenta um um erro estimado de 2 a 5%, validando o resultado. [1]
Por último temos o modelo desenvolvido no japão, que faz uso de um sensor semicondutor. O material, constituído basicamente de óxido de estanho (SnO2), nas condições adequadas e na presença de etanol, oxida esta molécula orgânica alterando a resistência/condutância do sensor, esta alteração altera a corrente elétrica do aparelho, podendo-se relacionar com a quantidade de álcool da amostra.
Esperam que tenham gostado dessa curiosidade, e que sirva como insumo para novas soluções criativas de problemas. E o mais importante, não bebam se forem dirigir, os bafômetros realmente conseguem descobrir quanto você bebeu.
Fontes: [1] Sociedade Brasileira de Química
[2] How Stuff Works?
maldita invenção !!!!!!!!!!!!!
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