A empresa Siemens, declarou que abandonaria o ramo de equipamentos para geração de energia nuclear. Isto gerou grandes dúvidas em relação a usina de Angra 3, alternativa brasileira de energia nuclear que utilizará os equipamentos da multinacional alemã, que estão encaixotados a mais de 25 anos esperando sua implementação.
A Siemens tomou esta decisão após o acidente nuclear da usina de Fukushima e do projeto da primeira-ministra alemã Angela Merkel, que visa a desativação de todas as usinas nucleares alemãs até 2022. Segundo o Peter Loescher, diretor presidente da empresa alemã este é o "projeto do século". Dessa forma a companhia vê uma mudança no rumo dos negócios da energia nuclear, já que, naturalmente a Alemanha era um grande cliente, sendo que suas 17 usinas foram construídas com equipamentos da empresa.
Já a Eletronuclear, estatal responsável por Angra 3, diz que saída da empresa alemã do ramo nuclear não impactará na nova usina brasileira e na manutenção de Angra 1 e 2, as quais também utilizam equipamentos Siemens.
De acordo com as informações da Eletronuclear, todos os equipamentos e serviços ainda necessários serão fornecidos pela estatal francesa Areva, empresa que tinha uma join-venture com a empresa alemã até 2009 para o setor nuclear.
Estas notícias preocupam a respeito das nossas usinas nucleares. Afinal, este tipo de energia é altamente perigoso se não houver uma busca de excelência processual, segurança e manutenção nas usinas. Espera-se que a Eletronuclear tenha a responsabilidade de manter as usinas em perfeito funcionamento e não ignore as mudanças em relação a Siemens, já que é a fornecedora principal do equipamento e tem o know-how de manutenção e suporte.
FONTE: Inovação Tecnológica