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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Widget - Tabela Periódica

A internet tem crescido de forma exponencial, e seguindo esta onda surgiram uma infinidade de aplicativos e complementos que incrementam a web com uma gama de funcionalidades e interatividades com os usuários. 

Estava pesquisando material para o blog e encontrei um widget que segue essa linha e tem tudo a ver com o Entropia Livre. Uma tabela periódica interativa, basta passar o mouse em cima do elemento! Achei legal  compartilhar este achado... clicando em "get widget" você pode copiar o código e utiliza-lo onde quiser.

até mais!



                                                                                                 Dica de: Blog Bruno's Chemistry

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Revolução Francesa - A Face Científica

França, 1789. Os ares do país estavam saturados de idéias revolucionárias de ordem política, moral e humanística que resultariam, após um período tempestuoso, na modificação da ordem social do país e cristalização de um pensamento global de “igualdade, fraternidade e liberdade”, que até hoje vigora em todo o mundo na forma da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Essa revolução, entretanto, ocorreu também no âmbito científico e, no que tange a química, foi protagonizada por Antoine-Laurent Lavoisier, e outros estudiosos da época. Dentre seus principais trabalhos, destaca-se a padronização de nomenclaturas, antes utilizadas sem critério por alquimistas, e reunião de teorias e leis postuladas até então, que o permitiu escrever o “Tratado Elementar da Química”. Apesar do grandioso trabalho realizado, que facilitou posteriores estudos na área da química, foram publicadas hipóteses e explicações para fenômenos científicos que, apesar de sua lógica convincente, atualmente tem-se conhecimento que são falaciosos.


Exemplificando, Lavoisier estudou a mudança do estado de agregação de substâncias. Em seus experimentos, constatou que quanto menor era a temperatura que um sólido era submetido, maior era a proximidade entre suas moléculas e, inversamente, quando aquecidas, aumentava-se o espaço intermolecular. Este estudo o levou a concluir que quanto maior a temperatura, maior era a força de repulsão e que, caso fosse atingida a menor temperatura possível (ainda se desconhecia o Zero Absoluto) não haveria mais forças de repulsão. Consequentemente, as moléculas se tocariam.
Desta forma, segundo Lavoisier, as moléculas possuem uma força natural de atração e, conforme se aumenta a temperatura, surge uma força de repulsão, que as afastam até que, a uma dada temperatura, as forças de repulsão superam as de atração, transformando o sólido em líquido ou gás. E essa força de repulsão pode ser hipotetisada pela existência de uma “substância real e material, de um fluido muito sutil que se insinua entre as moléculas de todos os corpos e que os separa” [1], chamado “calórico”, também responsável pela sensação de calor (acúmulo) ou frio (“des-acúmulo” deste).
Vale ressaltar que Lavoisier e os outros cientistas diziam que “ninguém era obrigado a adotar o calórico como uma substância real” e já propunham discussões entre a relação “calórico – Luz”, hoje sabidamente duas formas de energia. Sendo assim, a hipótese da existência de uma substância que governa as forças de interação molecular foi apresentada de maneira lógica e convincente, aceita por químicos de maneira geral, até que esta teoria fosse derrubada, com o desenvolvimento de tecnologia e fundamentos físicos suficientes para provar a existência de calor como forma de energia.
Esta limitação tecnológica e conceitual que nos leva a inconscientes raciocínios errôneos, no entanto, esteve presente na existência do ser humano desde as antigas civilizações. Os gregos acreditavam que todas as substâncias eram formadas pelos quatro elementos e o éter; os axiomas da igreja católica fizeram com que a crença do geocentrismo perdurasse por até 500 anos atrás; até mesmo a teoria da força vital que, ao ser derrubada, abriu o ramo de estudos da microbiologia; e mais inúmeras hipóteses e teorias que deixaram de ser verdades são exemplos e a prova de que as tais limitações técnico-teóricas não só estiveram como estão e sempre estarão presentes na vida filosófica e científica.

Este texto, no entanto, não é, sob nenhum aspecto, uma crítica a teorias que antes eram tomadas como verdades e hoje foram refutadas. Bem pelo contrário, graças à existência de trabalhos como o desenvolvido por Lavoisier em seu “Tratado Elementar da Química” – e a nossa possibilidade de provar suas incoerências – é que os avanços tecnológicos, teóricos e filosóficos acontecem. Este texto é apenas uma nota de que não devemos nos ater, crer e, sobretudo, reproduzir o que nos é passado em nossos centros de estudos (Universidades, Indústrias, Centros de Pesquisa, etc.) sem antes contestar e olhar criticamente as informações que nos são passadas.

Pensar e analisar, desde conceitos simples à grandes teorias, como o evolucionismo ou as teorias que prevêem o destino da terra diante do aquecimento global (Teoria de Gaia, Teoria da Variação Solar), teorias sociológicas, procedimentos médicos, etc., podem e certamente nos levarão à uma sociedade melhor, sobre vários aspectos. Temos de ser cautelosos e analíticos para poder firmar bases sólidas para um progresso humano. E tomar cuidado, pois, “quem sabe, as universidades de hoje não são as igrejas de ontem”.

[1]Lavoisier, A. “Tratado Elementar da Química”, Paris, França, 1789. Tradução: Editora Madras, São Paulo SP.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Carros Elétricos: A quantas anda esta ideia?

 O futuro chegou! Parecia que a era dos Jetsons nunca chegaria, mas pelo menos no que trata-se de carros movidos a eletricidade podemos dizer que agora é a hora! Pode ser difícil acreditar que as grandes montadoras e principalmente as empresas produtoras de petróleo permitam o desenvolvimento desta tecnologia. Porém o paradigma está mudando e diversos protótipos tem saído do papel, disputando uma vaguinha no competitivo mercado automotivo.  Por mais que essa seja uma tarefa árdua, através do incentivo de alguns países, já existem modelos de veículos elétricos que conseguiram espaço e força através da forte causa ambiental.


De fato, falar sobre carros elétricos hoje é uma tarefa extremamente difícil, já que uma infinidade de materiais tem surgido junto com uma variedade de projetos e concepções. Mas, procurarei dar uma visão geral sobre os principais projetos e modelos já prontos no mundo hoje, mostrando que os carros elétricos vieram e querem ficar!

Inicialmente vamos dividir os modelos em 3 tipos principais de plataformas tecnológicas: híbridos, células a combustível  e puramente com baterias. Essas plataformas se referem a forma como a corrente elétrica é gerada e armazenada para atuação no motor elétrico que faz o veículo andar.

Híbridos
Nesta classe de veículos, ainda há participação do motor a combustão, porém este exerce uma função interna, sendo responsável pela partida e recarga das baterias através de um gerador acoplado. No entanto o movimento do veículo é principalmente através de um motor elétrico. Alguns modelos utilizam os dois motores (elétrico e combustão) para uma melhor eficiência do veículo. O sistema chega a prover uma redução de 50% das emissões de CO2 e uma economia de combustível realmente significante.

Puramente com baterias 
Nesta plataforma o veículo é alimentado através de um conjunto de baterias que podem ser recarregadas através da rede elétrica ou outra fonte externa, além de recuperarem parte da energia através de um sistema de frenagem diferenciado, que aproveita a energia cinética do veículo para conversão em energia elétrica.

Células a combustível
Nesta tipo de tecnologia a energia elétrica é gerada através de células eletro-químicas que convertem a energia de ligação de algumas substâncias em eletricidade através de processos eletro-químicos. Geralmente para este tipo de processo se utiliza gás hidrogênio como combustível para reação. A transformação é limpa e pode se tornar uma importante forma de geração de energia elétrica no futuro.

Os modelos que mais tem se mostrado economicamente viáveis são os os híbridos, sendo já realidade em alguns países, como é o caso por exemplo do Toyota Prius, comercializado desde 1997 no Japão e ganhando uma série de outros países ao longo dos anos, além desse modelo os híbridos Ford Fusion Hybrid (previsão de lançamento em novembro no Brasil), Honda Insight e Chevrolet Volt também estão presentes no mercado mundial de carros elétricos. 



Atualmente modelos utilizando a plataforma puramente baseada em baterias (100% elétrico) tem lutado contra barreiras tributárias para se tornar economicamente viáveis e serem aceitos no mercado. Como é o caso do Nissan Leaf, que deve chegar ao mercado brasileiro com um preço nada competitivo, já que infelizmente o governo não tem tomado medidas de incentivo a estas tecnologias verdes. Nessa mesma linha temos também o Renault Fluence Z.E e o Novo Ford Focus Eletric. 




Já as iniciativas baseadas em células a combustíveis mostram excelentes resultados, porém são freados devido a barreira tenológica para produção do gás hidrogênio, inviabilizando economicamente a tecnologia por enquanto. Porém alguns protótipos tem ajudado a desenvolver e dominar a tecnologia de forma segura e eficiente, havendo testes em escala piloto. Como por exemplo a substituição de uma pequena frota de ônibus a combustão por ônibus a hidrogênio em algumas cidades como São Paulo e Porto (Portugal).

Acredito que nos próximos anos veremos muitos modelos de novos carros elétricos e a inserção de pequenas frotas empresariais destes veículos para um fortalecimento da imagem de responsabilidade ambiental. Porém é necessário que os governos comecem a pensar, se interessar e agir buscando incentivos ao veículo elétrico. Mudanças na legislação, tributos e infra-estrutura são necessárias para suprir a nova demanda decorrente da implementação em larga escala dessa tecnologia. Essa indisposição dos governantes mostra claramente a influência das petroquímicas e da estratégia do etanol brasileiro. No entanto é necessário uma visão mais ampla e futurística, para que o Brasil não fique mais uma vez atrás, seguindo a contramão do desenvolvimento tecnológico mundial e consiga se consolidar como um país que pensa na preservação ambiental.

FONTES : ¹ABVE - Associação brasileira de veículos elétricos ;   ² Eco4planet   


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