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domingo, 26 de junho de 2011

Conselhos e Associações de Engenharia Química

Ao fim do curso de Engenharia, muitos estudantes se deparam com uma nova necessidade profissional para algumas funções que irão exercer, trata-se do Nº do CREA. Mas o que vem a ser CREA e pra que serve esta certificação? 

Primeiramente, vamos entender do que se trata esta necessidade. Este número de registro profissional, nada mais é que uma certificação que você está cadastrado e regulamentado segundo o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA). Está regulamentação é obrigatória para que o Engenheiro possa "assinar" projetos, da mesma forma que os médicos tem o N° do CRM que os regulamenta a receitar e diagnosticar um paciente. 

A fiscalização do profissional de Engenharia, assim como sua regulamentação se dá em uma hierarquia, existindo a nível federal o CONFEA (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) e a nível regional o CREA. 

Porém no caso dos Engenheiros Químicos, existe também a opção de filiação ao CRQ (Conselho Regional de Química), entidade que também é responsável pela fiscalização de algumas indústrias de escopo químico e pode regulamentar o profissional de Engenharia Química. 

A filiação a um desses conselhos é importante para os profissionais que exercerem atividades de validação de laudos técnicos e de projetos, não sendo requerida em todas as atividades que o Engenheiro pode vir a trabalhar. É importante saber qual o conselho que fiscaliza a empresa que se trabalha e que atribuições legais o profissional deve responder, para realizar sua filiação. 

Além dos conselhos de Engenharia, outras entidades existem para dar suporte aos engenheiros químicos, como por exemplo a ABEQ ( Associação Brasileira de Engenharia Química) e a ABIQUIM ( Associação Brasileira da Industria Química), ambas associações não ligadas ao governo e que buscam fornecer suporte e dispor de serviços para os profissionais de Engenharia Química, como por exemplo, informações de mercado, cursos e eventos em as empresas associadas podem trocar experiências e capacitar profissionais. 

Além dessas principais organizações, existem uma infinidade de outras associações focadas em segmentos específicos da industria. 

Não poderia deixar de citar a AIChE (American Institute of Chemical Engineers), importante associação que disponibiliza recomendações, normas e uma série de materiais para as boas práticas industriais, sendo referência internacional como associação de Engenharia Química.

Para conhecer um pouco mais sobre as associações e sobre o curso de Engenharia Química, vale a pena acessar e pesquisar os sites destas associações!

domingo, 19 de junho de 2011

Blog de Marcelo Melo - Vídeo da CSB e Top Commodities

Em uma postagem anterior já havia comentado sobre o Blog do Engenheiro Químico Português Marcelo Melo, que disponibiliza materiais extremamente interessantes. Acredito que nossos blogs sejam uma iniciativa muito válida de promover a cooperação entre os países e acima de tudo disponibilizar de forma acessível e democrática notícias e informações.

Neste post indico as duas recentes postagens do blog Português. A primeira mostra um vídeo mostrando e analisando um acidente típico de segurança de processos, no qual um reator utilizado para uma reação exotérmica é mal controlado e utilizado acima das especificações de projeto, fazendo que a reação saia do controle dos operadores. O vídeo original  está postado no Youtube em inglês, mas esta versão legendada está disponível graças ao trabalho do Marcelo que realizou um excelente trabalho. Confiram a seguir:


A segunda postagem que gostaria de divulgar é sobre os principais produtos químicos produzidos nos EUA no ano de 2002, segundo Survey of Industrial Chemistry, dePhilip J. Chenier. Realmente, como engenheiros devemos conhecer os principais componetes produzidos no mundo. Segue uma palhinha dos ranking, para conhecer a lista completa acessem o Blog do Marcelo.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Alemanha anunciou fim de suas centrais nucleares até 2022

Após o acidente da usina de Fukushima no Japão em 11 de março de 2011, muita discussão surgiu a respeito da segurança e do custo benefício acerca da energia nuclear. Movimentos anti-nuclear surgiram com força no mundo inteiro pregando o fim das usinas e de sua exploração.

Porém sabe-se que hoje a energia nuclear representa uma importante parcela da matriz energética de alguns países, sendo a principal estratégia de alguns governos para suprir a demanda energética para a população e o desenvolvimento econômico. Podemos citar nesse quadro a França, com cerca de 76,80% de sua matriz originária de usinas nucleares, assim como o EUA com quase 20% de participação desta forma de geração. Embora deva-se lembrar que a produção dos Estados Unidos representam cerca de 32% do total de energia nuclear produzida no mundo.¹

Com o acidente japonês causado pelo Terremoto e agravado pelo Tsunami que seguiu a catástrofe, alguns governos estão repensando seus programas nucleares. Pressionados pelos movimentos ambientalistas e anti-nucleares a discussão foi aberta, porém não se sabe até que ponto os governos estarão dispostos a mudar a estratégia de ampliação de infra-estrutura e oferta de energia. 

No final do mês de Maio, o governo alemão anunciou que irá encerrar suas centrais nucleares até 2022². Anteriormente, os planos eram que dos 17 reatores do país o último seria desativado em 2036, agora esta data foi adiantada em função das preocupações geradas com o acidente de Fukushima. 
Milhares de pessoas participaram de protestos no dia 28 de maio, em 21 cidades da Alemanha exigindo que o governo acelerasse o processo de abandono da energia nuclear.Reuters

A Alemanha adotará realmente a postura de encerrar seu programa energético nuclear? Segundo o ministro do Meio Ambiente da Alemanha, Norbert Roettgen, a decisão é definitiva e não será revista no futuro próximo. O país tem uma participação significativa da energia nuclear em sua matriz, atingindo 25,90% de participação¹. Desta forma nunca se sabe as mudanças que de fato ocorrerão nesta década e as fontes que irão substituir a fonte nuclear de energia na Alemanha. 

A energia nuclear está agora nos olhos do mundo como vilã, mas um dia já foi consagrada como a salvação. Acredito que nos dias atuais o nível de compreensão da tecnologia nuclear amadureceu bastante e taxa-lo como ruim ou bom seria um grande equívoco. Será necessário avaliar caso a caso os prós e contras da energia nuclear, alinhando a disponibilidade de recursos energéticos dos países a uma diversificação da matriz energética. Só assim um julgamento adequado poderá ser feito para determinar o rumo das usinas nucleares.

No caso do Brasil, até agora não foi revisto o plano nuclear e ao que tudo indica as pressões populares não terão grandes sucessos em abrir amplamente esta discussão. Fica aberto o espaço de discussão sobre energia nuclear no Entropia Livre e até o próximo post!

¹ Fonte: Eletronuclear

             Por Bruno Firmino

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