...Eis a questão!
Hábitos enraizados no nosso dia a dia são difíceis de mudar. Um grande exemplo foi dado na épica saga da retirada das sacolas plásticas dos supermercados de São Paulo. Tudo começou com uma iniciativa da Associação Paulista de Supermercados (APAS) que lançou uma campanha em Janeiro de 2011 na qual os associados deveriam acabar com a distribuição de sacolinhas. Não demorou para perceber que a medida não foi bem aceita pela maioria dos consumidores. Desta forma, o Ministério Público suspendeu a medida e estabeleceu um acordo de regulamentação da distribuição das sacolinhas, no qual estabeleceu um período de adequação para os consumidores e supermercados. Chegamos ao mês de abril e esse período acabou. Assim, ficou convencionado que não haverá mais sacolinhas plásticas nos mercados.
Não acredito que a saga tenha chegado ao fim. Afinal, hábitos são difíceis de mudar. A campanha lançada pela APAS possuí muitos pontos falhos, principalmente no que diz respeito a comunicação com os clientes e um modelo claro que os ajude na mudança de hábito e proponha alternativas viáveis aos usos da sacolinhas, que vão além de transportar produtos e cumprem um ciclo caseiro de armazenagem de lixo e descarte ao aterro.
Impactos decorrentes do excesso de sacolas plásticas no ambiente |
Muito se fala de quem ganha com o acordo dos supermercados. Realmente o varejista irá ganhar tirando a sacolinha. Mas o maior ganho é social, gerando uma situação que o consumidor se vê obrigado a repensar, reduzir e olhar o problema do lixo como seu, além da redução propriamente dita. Independente do jogo de interesses, deve prevalecer a busca por soluções melhores e mais sustentáveis.
O instituto Akatu, disponibilizou algumas dicas e soluções para o dia a dia sem sacolas plásticas, além de esclarecer alguns pontos controversos sobre a campanha. Para quem se interessar segue o link para conhecer mais.
Referência: Instituto Akatu